Atingidos do Rio Grande do Sul serão beneficiados com projeto da Fundação Banco do Brasil
A parceria com a ANAB prevê iniciativas em todo o território gaúcho para promover quintais produtivos, oferecer sistemas termossolares, energia fotovoltaica e propiciar formação ambiental

A coordenação do MAB do Rio Grande do Sul testemunhou, na tarde desta sexta-feira (22), a assinatura do convênio entre a Fundação do Banco do Brasil e a Associação Nacional dos Atingidos do Brasil (ANAB). A parceria beneficia, de modo especial, os atingidos pelas mudanças climáticas no Estado – enchentes e secas -, através de iniciativas que propõe alternativas socioambientais para produção e energia.
A previsão é que, nos próximos dois anos, o projeto seja implementado em três regiões: Alto Uruguai, Fronteira Noroeste e Região Metropolitana. Durante os 24 meses, deve ser executado dentro de três objetivos: reintegração socioprodutiva, segurança energética e capacitação ambiental.
Para promover a reintegração socioprodutiva, o projeto propõe a instalação de 200 quintais produtivos, onde as famílias beneficiadas receberão orientações sobre práticas de cultivo, manejo sustentável e aproveitamento de recursos locais. As instalações serão feitas através de mutirão, fortalecendo os laços comunitários.
O segundo objetivo prevê a segurança energética, através de 300 sistemas termossolares e 100 fotovoltaicos, que serão instalados nos telhados das casas dos beneficiários, após avaliação técnica da capacidade estrutural para receber o sistema.
Por fim, o terceiro ponto projeta a capacitação ambiental, que ocorrerá por meio de 60 encontros realizados nas comunidades atingidas (com cerca de seis horas). A previsão é que sejam capacitadas 720 pessoas em encontros comunitários, regionais, estadual e nacional.

Enquanto o Brasil se torna o centro da discussão mundial sobre o clima – na COP 30, prestes a acontecer em Belém – a parceria entre ANAB e Fundação Banco do Brasil avança da reflexão à prática no território gaúcho. Para Ricardo Luiz Montagner, representante da ANAB no ato, “nesta parceria, os atingidos dão mais um passo para que as pessoas tenham uma vida digna”. Ele destaca:
“No final dos anos 1980 e 1990, nós refletimos que as barragens traziam consequências sociais e ambientais. Mas hoje, nós também somos atingidos por enchentes, que além de perderem seu bem material, também perderam familiares. Isso é o resultado dos impactos ambientais e da depredação da natureza. São pessoas que perderam seu chão, o lugar onde nasceram, cresceram e construíram a sua vida. Ou seja, hoje os desafios são ainda maiores. Temos que reconstruir com inovação, de outra forma, com inclusão social, sempre respeitando a vida e as relações sociais das pessoas”.
Um dos fundadores do MAB, Montagner ainda apontou a importância das parcerias em favor dos atingidos, e finaliza pontuando que através destes projetos é possível “fazer com que as pessoas sejam construtoras de uma sociedade justa e igualitária, não só do ser humano, mas também da natureza”.
O representante da Fundação Banco do Brasil, Luan Schuster, explicou durante o ato que a Fundação é responsável pela ação social do banco e declarou: “Fico contente e desejo sucesso. Sei que o MAB executará o projeto muito bem”.

